“Agência de risco não é capaz de prever o futuro”, alerta economista

A agência Fitch pode rebaixar ou elevar o rating da Rússia. Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e Eslováquia pediram a criação de uma agência de classificação de risco independente e europeia

A agência de classificação de risco Fitch disse que pode rebaixar ou elevar o rating da Rússia, de acordo com o desenvolvimento político e econômico do país. A incerteza na política e a dependência do país ao petróleo levou a agência a mexer na perspectiva russa nesta segunda-feira (16), que foi de positiva para estável. A Standard and Poor's não ficou só na ameaça e rebaixou as notas de crédito de uma série de seguradoras na Europa. A decisão vem na esteira do corte nos ratings dos países da Zona do euro, na última sexta-feira.

Diante de tantas mudanças, às vezes muito criticadas, os ministros das Relações Exteriores da Alemanha e Eslováquia pediram a criação de uma agência de classificação de risco independente e europeia. A agência não sofreria influência política ou de empresas.

O presidente da Trevisan Escola de Negócios, Antoninho Marmo Trevisan, acredita que uma agência europeia não vai mudar muito a situação: “O mundo vive de protocolo. As agências de risco estão aí para garantir aos fundos de investimentos e aos investidores institucionais que eles podem ou não aplicar o seu dinheiro em determinados países ou empresas. Isso dá o conforto necessário para o analista”. Trevisan acrescentou ainda que a agência de risco é uma demanda do mundo capitalista que cada vez mais terceiriza as suas decisões e alertou que ela tira uma fotografia daquele momento, mas não é capaz de prever o futuro.

Fonte: G1