A essência da Liderança

05/04/2013 19:38

A essência da Liderança

Para embarcar no mundo business, nada é mais importante do que desenvolver o lado da liderança.

 

Servir, para alguns, significa fraqueza, para outros, uma das idéias mais robustas e revolucionarias que pode vir a mudar o desempenho de uma organização. Este é o impacto de uma liderança servidora.

James C. Hunter, em seu livro, O Monge e o Executivo, defende um novo padrão de liderança, um modelofirme/flexível, que transforma chefes e gerentes em treinadores e mentores.

Este modelo de liderança servidora aparece em seu livro, no terceiro capitulo (O Modelo, pág. 57), fazendo a distinção entre o modelo de liderança mais forte – “com mãos de ferro” – e o da liderança mais democrática e aberta, citando exemplos desta, como Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi e o maior exemplo de uma liderança servidora, Jesus Cristo.

Uns dos primeiros tópicos a serem debatidos no Capitulo Três é a questão da diferença entre lideranças, aAutocrática e a Democrática. Simeão, em sua juventude, quando fora vice-presidente de uma companhia que fabricava lâminas de metal, conheceu, na prática a diferença. Ele, quando atendia por Len Hoffman, era defensor da teoria de que ...liderar era dar a mão aos outros e cantar em coro... (P. 57). Contudo, seus colegas, os outros vice-presidentes, Jay e Kenny, tinham uma visão oposta, eles achavam que as pessoas eram preguiçosas, desonestas e precisavam ser cutucadas para fazê-las trabalhar (P. 58).

Primeiramente, é necessário conhecer essas duas vertentes:

 

 

LIDERANÇA AUTOCRÁTICA

  • Chamada de liderança autoritária ou diretiva;
  • Utiliza do poder;
  • Líder focado apenas nas tarefas, impondo suas idéias, centralizando as decisões consigo;
  • Grupo;
  • Temor;
  • Pouquíssima delegação de tarefas, centralizando no líder;

 

LIDERANÇA DEMOCRÁTICA

  • Chamada de liderança participativa ou consultiva;
  • Utiliza da autoridade;
  • Líder voltado para as pessoas, orientando os seus liderados a participar do processo decisório;
  • Equipe;
  • Admiração;
  • Delegação de tarefas, dividindo assim as responsabilidades;

Esses tipos de lideranças, em sua essência, não é totalmente verdade, pois, de acordo com Bill – presidente da companhia onde Simeão trabalhou – uma só maneira de liderar, seria prejudicial à companhia, é necessário manter um equilíbrio. Um líder servidor pode ser durão, até mesmo autocrático, em se tratando das bases da direção de um negócio, determinando a missão (onde a empresa está focada) e os valores (quais são as regras que governam a jornada) e estabelecendo padrões e responsabilidades finais. Líderes servidores não solicitam votação ou aceitam idéias de seus colaboradores quando se trata desses fundamentos críticos. Afinal de contas, esse é o trabalho do líder, e as pessoas esperam essa direção que seu líder defina a direção e estabeleça os padrões.

O conceito de liderança, proposto por Simeão aos seus alunos é: Liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir os objetivos identificados como sendo para o bem comum. Mas como ver esse conceito ser aplicado na prática, como questiona Greg, então, Simeão usa de exemplos notáveis na história, como por exemplo, Jesus Cristo, Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, etc.

JESUS CRISTO

Jesus Cristo foi um homem que foi capaz não só de abalar as bases, como alterar para sempre a trajetória da humanidade. Como explicou Simeão: Jesus simplesmente disse que para liderar, você deve servir e isso se chama de Liderança a Serviço, pois Jesus não usava o estilo de poder simplesmente porque não tinha poder, mas Jesus possuía muita influência. Simeão chamou isso de autoridade, pois Jesus influencia pessoas até os dias atuais (Liderança Milenar).

Analisando o tipo de liderança servidora de Jesus, as pessoas o seguiam e o obedeciam de forma espontânea, dedicada e em direção a um objetivo, difundir a sua palavra. Ele transmitia confiança e segurança, empolgava e empurrava os seguidores para frente, estimulava a vontade de vencer em todos com quem se relacionava. Como líder autêntico, encarnava as crenças e os valores mais preciosos do grupo a que pertencia. Cristo não pretendia apenas que os outros o seguissem, mas que iniciassem um caminho próprio e consciente, se tornando independentes – a exemplo, os seus apóstolos. Jesus, filho de um carpinteiro, teve uma grande força de persuasão e enorme carisma para fazer com que desconhecidos largassem tudo e fossem andar pelo mundo ao seu lado, ouvindo e ajudando a divulgar uma mensagem, sendo assim, Jesus conseguiu que o grupo atingisse as metas com mais eficiência e disseminasse a sua palavra.

MAHATMA GANDHI

Outro exemplo citado na obra foi à figura espetacular de como o líder que influenciou 250 milhões de pessoas no século passado e continua influenciando um século depois, como um homem que, sem uso da força, conseguiu libertar a Índia do domínio britânico.

Hunter (2004) disse em sua obra que: por falar em não ter poder, aquele homem tinha menos de 1,60m de altura e pesava cerca de cinqüenta quilos! Gandhi viveu em um país oprimido, com cerca de um terço de bilhão de pessoas, uma nação escrava do Império Britânico. Gandhi declarou que obteria a independência da Inglaterra sem recorrer à violência. A maioria das pessoas zombou, mas ele conseguiu. (...), Gandhi sabia que tinha que chamar a atenção do mundo para que as pessoas pudesse conhecer a injustiça do que estava acontecendo na Índia. Ele dizia a seus seguidores que teria que se sacrificar para servir a causa da liberdade, mas através do seu sacrifício começar a chamar a atenção de todas as partes do mundo. Ele lhe disse que teria que suportar a dor e o sofrimento nessa guerra não-violenta de desobediência civil, exatamente igual á dor e sofrimento de todas as guerras. Mas estava convencido de que eles não poderia perder. Gandhi serviu pessoalmente á causa e sacrificou muito por ela . Fez muitos jejuns rigorosos para chamar atenção sobre a situação da Índia. Serviu a causa e se sacrificou por ela, pela liberdade do país, até o mundo tomar conhecimento. Finalmente, em 1947, não apenas o Império Britânico deu a independência a Índia como recebeu Gandhi em Londres, como uma parada de herói. Ele fez tudo sem recorrer a armas, vidência ou poder. Ele usou apenas a influência (P. 64). A partir dessa exemplificação que entramos em contato com a nova e revolucionaria forma de liderar.

A vida de Gandhi analisada pela ótica do antigo modelo de liderança, não é possível compreendemos as estratégias que este homem adotou para conseguir este grandioso feito, a libertação de seu país sem uso da violência quando quase todos os países em processo de Independência estavam fazendo isso de forma altamente intransigente quanto aos direitos civis (exemplo, Bangladesh e Paquistão).

Não podemos deixar de comentar a capacidade deste grande homem em exercer sua autoridade sobre as pessoas, usando todos os atributos como: a inspiração de confiança; foco nas pessoas; perspectiva de logo prazo; olhos no horizonte; e, persistência. Todos esses atributos foram mostrados numa projeção jamais vista, vontade, amor, serviço e sacrifício, autoridade características essas que o torna um dos mais bem sucedido líder contemporâneo. O sacrifício e doação em detrimento do Poder.

Como tais modelos de liderança, os líderes servidores viram a estrutura organizacional de cabeça para baixo. Eles focalizam em dar aos colaboradores tudo o que eles precisam para vencer, seja recurso, tempo, orientação ou inspiração. Os líderes servidores sabem que fazer para equipar pessoas, engajar corações e mentes, alimenta uma força de trabalho que entende os benefícios de esforçar-se para obter sempre o melhor. A ênfase é na construção da autoridade, não do poder, no exercício da influência, não da intimidação.

De acordo com o entendimento de Kim ao desenho proposto por Simeão, a liderança começa com a vontade, que é a nossa única capacidade como seres humanos para sintonizar nossas intenções com nossas ações e escolher o comportamento. É preciso ter vontade para escolhermos amar, isto é, sentir as reais necessidades, e não os desejos, daquele que lidamos. Para atender a essas necessidades, precisamos nos dispor a servir e até mesmo nos sacrificar. Quando servimos e nos sacrificamos pelos outros, exercemos autoridade ou influência, a “lei da colheita” (colher aquilo que plantou) de que Tereza falou. E quando exercemos autoridade com as pessoas, ganhamos o direito de sermos chamados de líderes (pág. 70).

Portanto, ao mesmo tempo em que muitos acreditam que a liderança servidora é perfeita, maravilhosa e inspiram ideias, o que está faltando é como fazer. O Livro O Monge e o Executivo nos mostra como fazer a coisa certa para as pessoas que futuramente lideraremos, pois temos potencial para nos tornarmos lideres com caráter e com autoridade, mas, além disso, precisamos desenvolver algumas habilidades extras. Precisamos no fazer notar, nada de ser anônimo; adquirir capacidades especiais, nos tornando o nosso orgulho, através da leitura, do estudo, cursos, nos mantendo sempre atualizados; simplicidade e delicadeza, pois tratar com pessoas é sempre complicado; tratar todas as pessoas igualmente e com respeito; e principalmente, aprender a cativar as pessoas. Com esse leque de habilidades, nos tornaremos ótimos lideres servidores.

 

Fonte: Administradores.com.br