Proteção ao patrimônio intelectual evita dor de cabeça com novos registros
Proteção ao patrimônio intelectual evita dor de cabeça com novos registros
Em Manaus, uma empresa do ramo de alimentação utilizou por anos um nome sem tomar o cuidado de registrá-lo. Enquanto isso, em outro Estado, uma franquia crescia com esse mesmo nome, porém, devidamente registrado. Essa franquia chegou a Manaus e o empresário já estabelecido está sendo acionado judicialmente.
Os nomes das empresas envolvidas não podem ser revelados, mas o problema - uma tremenda dor de cabeça - pode acontecer com qualquer negócio que utiliza nome fantasia não registrado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
O registro na Junta Comercial do Amazonas (Jucea) protege apenas o nome empresarial, que é diferente do nome fantasia - aquele que vai parar na fachada da empresa, mesmo que haja coincidência entre o nome empresarial e o nome fantasia.
Assim, registrar na Jucea a “Mercearia Delícia Indústria e Comércio” não vai impedir que outras mercearias “Delícia” sejam abertas na cidade. A única forma de garantir a exclusividade no uso do nome é o registro junto ao Inpi.
Qualquer empreendedor pode dar entrada no pedido diretamente no site do Instituto (www.inpi.gov.br). Os formulários podem ser preenchidos digitalmente, mas o processo é longo, pode demorar até 36 meses. E prepare o bolso; o pedido inicial pela Internet custa R$ 355, mas cai para R$ 144 se o solicitante for pessoa física, microempreendedor ou empresa de pequeno porte.
A despesa não acaba por aí. Há uma série de taxas ao longo de todo o processo e o requerente precisa fazer acompanhamento constante na Internet para não passar batido. O processo pode não ser tão simples para quem não está familiarizado com os procedimentos. Antes de dar entrada no pedido, o Inpi recomenda a leitura de um manual de 96 páginas.
Por esse motivo, muitos empresários preferem contratar Serviços especializados para cuidar de todo esse trâmite. Em Manaus, a Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Fucapi) presta o serviço de intermediação no registro de marcas e patentes. Além disso, há escritórios de advocacia especializados nesse serviço. É claro que, nesse caso, o serviço fica um pouco mais caro.
Stenio Regis, coordenador do serviço de registro na Amazônia Marcas e Patentes, explica que o registro nominativo (só o nome, sem logomarca) para uma microempresa, por exemplo, fica em torno de R$ 2,6 mil, já totalizadas todas as taxas.
A Amazônia Marcas vêm atuando fortemente no setor de entretenimento, onde já cuidou do registro de marcas como Livraria Valer, Ditoca, Kabanas Hall e Centro da Moda, entre outros.
Fonte: A Crítica